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TRAPICHE VINEYARDS - CABERNET SAUVIGNON

  • christianocruz
  • 18 de out. de 2021
  • 3 min de leitura

Beber uma garrafa de vinho envolve muitos aspectos: a interação com familiares, amigos, compartilhando taças e brindando, o prazer da degustação reconhecendo a personalidade de cada uva, as possibilidades da harmonização com pratos fabulosos, e a chance de conhecer a história e a geografia do local onde o vinho foi produzido, pois essas informações estão por toda parte: na rolha, no rótulo e no líquido.


A carga de cultura e conhecimento que uma garrafa de vinho carrega é um dos aspectos que mais fascina o Sentidos do Vinho. Diferentemente de outras bebidas, a imensa maioria das garrafa de vinho revela a história de um vilarejo, de uma cidade e de uma família, fala sobre o tipo de solo onde a uva é plantada e sobre o clima do ano da safra, te mostra a mão do enólogo. O vinho é a mais humana e viva das bebidas.


Não conseguimos abrir uma garrafa de vinho sem antes transitar por tudo que a envolve.


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TRAPICHE

Trapiche é uma vinícola situada na região de Maipú, cidade de Mendoza/Argentina. Ao pé das Cordilheiras dos Andes, as uvas de Mendoza são plantadas em grandes altitudes (acima de 1500 m) e geralmente irrigadas com água do derretimento das geleiras. A região, internacionalmente reconhecida pela uva Malbec, também produz excelentes tintos Cabernet Sauvignon e Syrah.


Trapiche já foi uma vinícola familiar, de produção artesanal. Hoje é a maior produtora de vinhos da Argentina e uma das 10 maiores do mundo.


Fundada em 1883 por Tiburcio Benegas, que à época nomeou a pequena vinícola de "El Trapiche", nome dado ao "armazém onde são colocadas as mercadorias para importação ou exportação". Nome presunçoso para o pequeno negócio de família, numa Argentina sem qualquer tradição vinícola em 1883.

Benegas morreu em 1908 e seu negócio passou a se chamar Benegas e Hijos (Benegas e filhos). Um de seus filhos, Pedro, passou a produzir uma série de vinhos distintos, com variadas qualidades e nomes (Fond de Cave, Broquel, Trapiche, Monitor, Puento Viejo, etc.). Pedro morreu em 1943 e novamente a vinícola mudou de nome: Benegas e Hermanos (Benegas e Irmãos). Vendida em 1971 para a família Pulenta, hoje recebe o nome de Penaflor S.A. e está nas mãos de grandes companhias, exportando vinhos para cerca de 40 países. Uma de suas linhas principais é o Trapiche, que hoje justifica perfeitamente o significado de seu nome.


O VINHO

A linha Trapiche Vineyards apresenta varietais das principais uvas cultivadas na Argentina (Cabernet Sauvignon, Malbec, Merlot, Chardonnay, Torrontes, etc.).

Encontramos um vinho bastante agradável com bom custo x benefício para o dia-a-dia (em torno de R$40). Possui cor rubi escuro brilhante, com lágrimas não muito rápidas, demonstrando viscosidade média. No nariz inicia fechado, com frutas negras, leve floral e toques amadeirados. Evolui pouco em taça, para frutas mais frescas, vermelhas e ligeiramente mais doces. Na boca a viscosidade se confirma no corpo médio, taninos suaves, acidez média-alta, intensidade e persistência médias, álcool muito bem integrado. Seu maior atributo é a harmonia entre os elementos, gerando um vinho simples mas muito bem balanceado.


A HARMONIZAÇÃO

Com características próprias para harmonizar com queijos semiduros como gouda, gruyere e edam, resolvemos arriscar e servimos com gorgonzola. Um pouco distante das características dos queijos amarelos citados, mais intenso em sabor, gerou um resultado interessante mas se sobrepôs ao vinho, ofuscando-o um pouco. Como prato principal pegamos alguns quibes fritos de dias anteriores (aqueles do fundo da geladeira), partimos eles ao meio e espalhamos em uma assadeira untada com azeite. Cobrimos com queijo meia-cura em fatias e molho de tomate ao sugo. Levamos ao forno apenas o tempo suficiente para o queijo derreter. Servimos com batatas bravas. Funcionou legal! Ficou simples e balanceado, como o Trapiche!


Saúde!!

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